O montante máximo que pode ser pedido para um empréstimo de habitação depende da Taxa de Esforço e da DSTI (debt service-to-income ratio). A Taxa de Esforço representa a percentagem do rendimento líquido que é gasto com as prestações, incluindo a nova prestação. Atualmente, a Taxa de Esforço aceitável varia entre 20% e 30%, dependendo do agregado familiar. Por exemplo, casais sem filhos têm uma Taxa de Esforço mais elevada do que os com filhos. No entanto, situações com Taxa de Esforço superiores podem ser consideradas, mas o banco pode exigir fiadores ou uma entrada maior.
A DSTI considera a Taxa de Esforço, mas também leva em conta a Taxa de Esforço em Stress, que inclui uma subida da Euribor em 3% e uma quantia baseada no agregado familiar. Essa percentagem não pode exceder 50% de acordo com as diretrizes do Banco de Portugal, com exceções feitas para aqueles que apresentam fiadores ou entradas acima da média.
No contexto atual, é importante saber o montante que o banco empresta para a Taxa de Esforço, mas também é aconselhável procurar imóveis com valor significativamente mais baixo para ter margem de manobra caso as condições mudem, especialmente se a Euribor subir. Isso pode fazer com que o montante de crédito necessário para comprar a casa desejada diminua, exigindo capital próprio ou fiadores para cobrir a diferença. É provável que situações assim aconteçam enquanto a taxa de juro estiver em alta, mas espera-se estabilidade nos próximos meses.